
GONçALO ALMEIDA : MONOLOGOS A DOIS
lp
Side A:
Monólogos I-VI
Side B:
Monólogos VII-XII
Gonçalo Almeida – Doublebass
Performed & recorded at the Old Church in Oud-Charlois, Rotterdam (The Netherlands) on 11th July 2020. All music by Gonçalo Almeida.
Recorded & mixed by Gonçalo Almeida.
Mastered at the Sunny Side Inc. Studio, Anderlecht (Belgium).
Gonçalo would like to thank Jaap van Gils, Oud-Charlois Kerk and Dirk
Serries.
Sleeve notes : Guy Peters.
Layout : Rutger Zuydervelt.
REVIEWS
“De contrabas als solo instrument, het is nog steeds een relatieve zeldzaamheid. Je moet het durven als bassist, je werkt altijd relatief op de achtergrond en ineens sta je in de schijnwerpers. Vorig jaar bracht Ingebrigt Håker Flaten zo’n bewijs van zijn kunnen uit, het prachtige ‘Till Anna’, terwijl die andere grote bassist, Meinrad Kneer, ‘Vocabularies’ realiseerde. Beiden kwamen hier niet aan bod, tijdgebrek. Portugese Rotterdammer, Gonçalo Almeida, kwam begin dit jaar met een solo album, het bij A New Wave of Jazz verschenen ‘Monólogos a Dois’. Almeida is een veelzijdig bassist, dat zagen we gisteren reeds naar aanleiding van zijn bijdragen aan het Hydra Ensemble en The Selva. De lijst van samenwerkingen en groepen is lang en lijkt alleen nog maar verder uit te dijen. Opvallend daarbij is de grote diversiteit aan muzikale stijlen, lopend van jazz, aan hedendaags gecomponeerde muziek verwante vrije improvisatie tot meer rock georiënteerde muziek. En nu ligt er dus een solo album, ‘Monólogos a Dois’ dat bestaat uit twaalf genummerde stukken, volgens mij zijn eerste. We beginnen melodieus, met verstilde kracht aan het eerste en tevens langste stuk, waarin Almeida direct laat horen dat hij in meester is op dit boeiende instrument. Het bereik mag dan bescheiden zijn, met een veelvoud aan technieken valt er een wereld aan geluid uit te halen. Doet hij dat in dit eerste deel met zijn strijkstok, in het tweede volstaan zijn vingers. Bedachtzame, onregelmatige patronen ontvouwen zich. Een virtuoos betoont Almeida zich hier niet, hier geen uitzinnige bewegingen, knarsende snaren en het oprekken van het spectrum met ondersteunende middelen. Almeida houdt het klein en weet zo uitstekend in te spelen op onze emoties, vooral daar waar de ingetogen klanken klinken, waar de toon de stilte nadert, we enigszins wegdromen. De delen vijf en negen zijn hier mooi voorbeelden van, al zitten er ook in de overige delen fragmenten waarop deze beschrijving van toepassing is. En natuurlijk horen we ook hier elementen uit de jazz, maar evengoed draagt deze muziek sporen uit de hedendaags gecomponeerde muziek in zich en horen we de invloed van folk.” Nieuwe Noten – The Netherlands
“En juillet 2020, le contrebassiste portugais Gonçalo Almeida enregistre une série de douze improvisations dans une ancienne église de Rotterdam, ville où il vit depuis de nombreuses années. Monólogos a dois relate cette aventure en solitaire. Seul, Gonçalo Almeida ne le semble pas – le titre de l’album le confirme -, tant il fait corps avec sa contrebasse. Privilégiant l’archet le plus souvent, il crée sur le vif une musique passionnante utilisant toutes les possibilités acoustiques de sa contrebasse ainsi que différentes techniques ; il joue sur les timbres, les angles d’attaque, les textures, la profondeur de champ. Sa sonorité ample et profonde résonne jusqu’à emplir la petite église vide et fait vibrer les âmes. L’album sort en vinyle, en édition limitée à 100 exemplaires sur le label belge A New Wave of Jazz [1] Il est disponible également en version numérique sur Bandcamp.” Citizen Jazz – France
“Superbe sonorité de contrebasse du Portugais Gonçalo Almeida pour ses douze Monólogos A Dois publiés par le label belge A New Wave Of Jazz. L’artiste solitaire travaille à mi-chemin entre classique moderne et euro-jazz créatif. Jouant aussi bien à l’archet avec une beau timbre à la fois lumineux, chaleureux et boisé, qu’en pizzicati remarquablement bien déliés il développe douze chants – miniatures équilibrées, sensibles et vibrantes. Pour le simple plaisir de l’écoute, la relaxation des sens, vous serez servis. Ces monologues recèlent des éléments communs à chacun, une espèce de fil conducteur caché semblable à ces longs tunnels de montagne qu’illuminent ces ouvertures baignées de lumière et de ciel bleu qui happent l’imagination du voyageur… D’un morceau à l’autre, on perçoit un élément, une intonation, deux notes ou une couleur spéciale de la fin d’une pièce dans l’amorce du morceau suivant. La contrebasse solo est un art difficile et il suffit d’entendre Monòlogos A Dois II pour se convaincre des capacités de Gonçalo Almeida. Où l’archet sombre et subtil fait tournoyer lentement la masse sonore comme une tresse soyeuse et ondoyante dans le grave et des harmoniques distinguées pour finir, et la conviction se renforce, le lyrisme s’installe… Certains improvisateurs pointus diront que sa musique est bien sage (ECM), mais on ne va pas cracher sur un tel talent et cet excellent travail offrant un panorama des possibilités musicales de la contrebasse (instrument que j’adore) dans un ensemble cohérent.” Orynx-Improv’ And Sounds – Belgium
“4,5 out of 5 rating !! Sendo a livre-improvisação uma música iminentemente colectiva e criada ao vivo, o solo absoluto (um só instrumentista) foi definido como um “monólogo a dois”, mas este “a dois” tem como subentendido que se trata de uma relação directa entre quem toca e a sua audiência. Em tempos de pandemia (este LP foi gravado em Julho do ano passado numa igreja vazia de Roterdão), Gonçalo Almeida assumiu a solidão do acto criativo e centrou essa relação entre si mesmo e o seu instrumento, ainda que o propósito do registo fosse a partilha com outros ouvidos – não muitos, dado que se fez apenas uma edição de 100 exemplares deste vinil. O resultado está bem patente em dois aspectos: um é a fisicalidade do jogo e do “playing” entre contrabaixista e contrabaixo, por vezes parecendo mesmo que assistimos a uma luta (ou a uma dança) entre ambos, e o outro está no carácter exploratório, investigativo, das intrigas urdidas.
Essa solidão é ouvida a cada momento na muito próxima presença do contrabaixo, nos gestualismos que imaginamos por parte do contrabaixista (algo que nos vem da memória de quando havia concertos com público) e no modo como o espaço – um espaço que sentimos vazio – enforma o que os dois corpos, o do músico e o do contrabaixo, fazem um com o outro, um sobre o outro, um procurando dominar, o outro resistindo ou colocando-se de acordo, numas ocasiões sobressaindo o querer do músico, noutras vingando a vontade do instrumento e, aqui e ali, conseguindo-se uma paridade e até o que pode passar por empatia. Os geralmente curtos 12 “monólogos a dois” distinguem-se pelos motivos que cada um desenvolve, e chegamos inclusive a imaginar uma mesa de dissecção no altar da igreja. Almeida tenta desmontar os órgãos do contrabaixo e remontá-los de outra maneira, mas este é um corpo vivo e autónomo com os seus próprios maquinismos e o que sucede nem sempre parece coincidir com as determinações que, supomos sem ver, vêm do corpo humano. Quem diria que o confinamento pandémico a que estamos obrigados se traduziria numa outra abordagem musical à improvisação, mas aqui está a prova.” Jazz.pt – Portugal
“I am not sure if with the double bass there are various types, like with the guitar, but none is mentioned on the cover or the fact if this is a mono recording. The latter probably not. It was recorded in the spacious surrounding of the old church in Oud-Charlois, which is a part of Rotterdam and home to a few great concerts, some of these involving the church organ housed there. Goncalo Almeida stuck to his bass. We know him for his one-off collaboration with Rutger Zuydervelt (see Vital Weekly 1000) and various releases with the Spinifex Quartet. The liner notes inform me of a whole world I probably knew existed, but someone
I don’t know much about. The world of free jazz, solo bass players and so on. It makes an interesting read, as it was done with Guy Peters, but after I was done with it, I didn’t return to it any more and decided to play the record again, no longer disturbed by historical information. I found the music quite refreshing. Almeida uses various techniques, the bow, plucking the strings, maybe a bit of the body of the instrument, but in all twelve of these pieces, the double bass remains a recognizable constant presence. It is within these pieces that he shows a great variety of approaches, from melodic, to abstract, from melancholically inclined to a menacing drone. From a very big sound (and I don’t mean spacious in the sense that the church plays a role in that; just a massive sound by itself, not too difficult one could think with this low humming instrument) to very small and delicate. It is never aggressive or noisy, Almeida remains a respectful player, with a fine ear for the
smaller things happening between the notes, yet not overplaying the whole of silence. Far from it, actually. Like the Serries record, one of delicate beauty; a different kind of delicacy, however.” Vital Weekly – The Netherlands
“Monólogos a Dois é o novo disco a solo do contrabaixista Gonçalo Almeida. Um LP (100 exemplares) editado pela New Wave of Jazz. Partindo do pressuposto que um monólogo é um exercício, por exemplo em teatro, difícil de executar de forma genial, o Gonçalo faz com este monólogo seja fluído, que nos agarre e que escutemos com atenção tudo o que ele tem para nos dizer. É um monólogo que vira diálogo a determinado ponto. O ressoar do corpo do contrabaixo dialoga com ele e connosco. Um solo de contrabaixo é um desafio. Para ele e para quem o ouve. Não é o instrumento mais fácil de trabalhar a solo. Mas quem tem mão para o dominar obtém resultados como este Monólogos a Dois. Aos 3 minutos e meio do primeiro tema já me agarrou quando comecei a ouvir ao fundo a subtileza da sua respiração. A agressividade e determinação do arco nas cordas. A história deste monólogo começa a compor-se. Inspira e reencontra-se num ambiente mais calmo e ponderado. E ainda só vamos nos 4 minutos e poucos segundos do primeiro tema. Este tema é o mais longo do disco, aquele em que rapidamente nos é apresentado o melhor do Almeida. Quem acompanha o seu percurso perceberá rapidamente que este solo só podia sair das mãos dele. Algo de muito próprio, que nos leva do ambiente mais apaziguador ao rock numa cave algures entre Lisboa e Budapeste.
O Gonçalo sempre me inspirou a construir narrativas, tanto nos seus discos como nos seus concertos ao vivo. A sua presença complementa o que compõe e executa. No segundo tema já tenho dois personagens e um enredo. Já escrevi um conto com um solo dele (que foi publicado no DizSonâncias há algum tempo), mas este monólogo tem pano para mangas. O segundo tema leva-nos por pequenos trilhos. São pouco mais de dois minutos, mas sabemos que os trilhos nos levarão a um lugar que não nos irá desiludir.
Rapidamente passo do tema 3 para o 4, talvez pela pressa de perceber o que mais irá acontecer. Tenho vontade de poder escolher o que vai acontecer quando no fim daquele minuto e trinta se ouve aquele estalar. Sim, o Gonçalo consegue aguçar-nos o imaginário e a mente, agarra-nos pelos sentidos. Talvez por andar mais sensível comece por me emocionar no tema 4. Os graves do contrabaixo, a respiração do Gonçalo, a rispidez e intensidade do que ouço levam-me até sítios menos sorridentes. Trazem até mim a melancolia e a tristeza. E isso não tem absolutamente mal nenhum, pelo contrário. Sentir. É assim que vivo a música. Esta relação empática e visceral que tenho com a música faz com que a cada disco e a cada concerto me deixe levar num turbilhão de emoções e sensações. Ainda nem vou a meio do disco e já sorri, respirei fundo, chorei, parei, voltei e continuei. No tema 6 consigo finalmente recompor-me. Aqui começa, para mim, o diálogo mais efusivo entre instrumento e músico. Chegámos a meio do disco, num crescendo contínuo. Anseio que a viagem dure, mas a curiosidade por descobrir como acaba deixa-me irrequieta. A respiração do Gonçalo volta a remeter-me para o quanto o contrabaixo é um instrumento físico, possante, desafiante e encantador. Sim, assumo, sou e serei sempre uma apaixonada pelo contrabaixo. Entre o tema 7 e o 8 percebemos que o caminho se constrói de pequenos e subtis apontamentos, de deixar o som perdurar no tempo e no espaço. Deixar que flua e ecoe. Gosto sempre quando um tema me traz sons que associo a quando era criança. No meu imaginário o subir e descer uma escada está presente no tema 9. Era assim que as histórias se construíam na minha mente em criança e que faz com que ainda hoje as escadas sejam um tema recorrente nos meus contos. Isso e a água que corre sempre perto dessas escadas. Volto à idade adulta logo a seguir. Mantenho a respiração acelerada. Retira-me o fôlego durante 3 minutos e 16. Sim, ele consegue fazer-nos isso. Dúvidas? É ir ouvir. É nos temas como o décimo primeiro que considero que o Gonçalo é inigualável. O ambiente mais pesado e intenso, os graves vincados e constantes. É exatamente nesse registo que o seu monólogo se intensifica, que tudo se torna mais visual. É quando com enorme facilidade se desenham cenários, numa iluminação quente em fundo negro.
E este é, para mim, O tema deste LP. É tudo o que eu esperava numa malha só. E se o disco já me fez ganhar a noite, este tema já me fez ganhar o início atribulado de 2021. É por temas como este que não se quer perder um gig do Gonçalo quando vem até Portugal (e infelizmente eu tenho perdido muitos).Num minuto e cinquenta e nove segundos fechamos o Monólogo a Dois. Que disco tão bem conseguido! Para mim estará nas listas dos melhores de 2021 e ainda agora o ano começou. O trabalho do Gonçalo fascina-me e deixa-me sempre expectante com o que ele irá editar e apresentar a seguir.” Dizsonancias – Portugal
“De Portugese bassist Gonçalo Almeida heeft Rotterdam als uitvalsbasis. Almeida is een bevlogen muzikant die zich thuis voelt in verschillende muzikale werelden en die zich geen beperkingen laat opleggen. Naast muzikant is de Portugees ook beeldend kunstenaar en labelbaas van het kleine DIY-platenlabel Cylinder Recordings. Zijn nieuwste album is echter verschenen bij het Belgische A New Wave of Jazz onder de titel Monólogos a Dois.
Albatre, LAMA, ROJI, Spinifex, Multiverse, Tetterapadequ, The Attic, The Selva, Cement Shoes, Low Vertigo, Ikizukuri, Bulliphant: het zijn namen van gezelschappen waar Almeida deel van uitmaakt(e) en waarvan de muziek uiteenloopt van jazz met een subtiele elektronische inslag tot kamerjazz tot robuuste freejazz tot jazz met een stevige rockinjectie. De bassist speelt zowel contrabas als basgitaar, afhankelijk van de stijl die gespeeld wordt en van waar de muziek om vraagt.
Almeida kan er dus flink de beuk ingooien, heeft een elektrische kant, maar die komt niet aan bod op dit solo-album. Monólogos a Dois is een persoonlijk album waarop veel op gevoel lijkt te gebeuren. ‘Gevoel’ is hier sowieso het toverwoord, want wat Almeida laat horen gaat niet om techniek en virtuositeit maar om emotie en zeggingskracht. Dat gebeurt in 12 improvisaties, waarvan het merendeel vrij kort is. De muzikale ideeën krijgen een passende uitwerking en overbodige fratsen worden achterwege gelaten. Zonder dat is Almeida’s ideeënstroom al groot en kleurrijk genoeg.
Het eerste stuk is wel vrij lang en laat de sound van de bas direct goed uitkomen, inclusief een nagalm die wordt veroorzaakt door de ruimte waarin het album is opgenomen, de Oude Kerk Charlois in Rotterdam. Almeida combineert lange gestreken klanken met korte melodieën, gebogen noten en pizzicato spel. Op het album laat hij ook regelmatig gestreken en pizzicato spel tegelijkertijd horen. Verschillende ideeën volgens elkaar op en hebben gemeen dat de schoonheid van de muziek nooit uit het oog wordt verloren. Almeida’s experimenteerdrift zit hem in de muzikale ideeën, in de manier waarop hij donkere zware tonen combineert met hoge klanken (die overigens niet iel klinken), in hoe hij de boventonen hun werk laat doen en in het zoeken naar nieuwe mogelijkheden om de klank van het instrument optimaal te kunnen benutten.
Almeida toont zich op zijn solo-album een verhalenverteller, waarbij hij in zijn eentje op de contrabas meerdere personages weet te scheppen. Luister naar het zevende stuk en het wordt direct duidelijk. In het zesde werk lijkt de bas een enkele keer op kousenvoeten weg te lopen, als een figuur in een cartoon, maar de Portugees blijft nooit te lang bij een idee hangen. Bovendien is hij in staat om meerdere elementen of meerdere emoties weer te geven in hetzelfde stuk en soms zelfs tegelijkertijd. In hetzelfde (zesde) stuk heeft de levendigheid een donkere ondertoon.
In de tweede improvisatie laat de bassist de grote klankkast werken, de diepte voelen die zo kenmerkend is voor de contrabas en deze bas tot zo’n intrigerend instrument maakt. In het tweede gedeelte van hetzelfde werk ligt de nadruk op melodische lijnen, die staccato worden gebracht of waarin juist (in contrast) de tonen hoorbaar door blijven klinken. Een speels element is te horen in het laatste stuk, waarin een gesprek tussen een kind en een volwassene lijkt te worden verklankt.
Almeida’s fijne gevoel voor melodie komt in meerdere improvisaties tot uiting en dat maakt Monólogos a Dois niet alleen een interessant album om naar te luisteren maar ook echt mooi en zeker niet ontoegankelijk. Dat wil overigens niet zeggen dat er geen weerbarstige elementen in de muziek zitten, maar die worden gedoseerd gebracht. Zo klinken grof gemalen klanken aan het begin van improvisatie XI en wordt het gedeelte van de snaren achter de kam benut in het negende stuk. In improvisatie nummer V speelt de akoestiek van de ruimte een belangrijke rol. De stilte achter de gespeelde noten is hier mede bepalend voor de sfeer. Je ‘hoort’ als het ware de grote ruimte waarin Almeida speelt en de rust waarmee hij zijn spel brengt.
In de vierde improvisatie verkent de bassist een thema om er vervolgens steeds meer van weg te lopen. Toch blijft dat thema hangen door de basistonen die blijven doorklinken, al betreft dat soms slechts het nagonzen in je hoofd. Vermelding verdient zeker ook improvisatie nummer VIII, waarin Almeida zijn spel aanvankelijk op prachtige wijze klein, subtiel en fragiel weet te houden, waarbij je je als luisteraar dichtbij het grote maar gevoelvolle instrument bevindt. Daarna volgen rollende klanken en verlaat Almeida het basisidee op weg naar een nieuw muzikaal pad.
De muziek op Monólogos a Dois is zozeer niet te kenschetsen als jazz of als klassiek; het gaat om moderne geïmproviseerde muziek die zijn eigen leven leidt. Almeida’s muzikale vocabulaire is zeer uitgebreid en het is daarom des te knapper dat de verschillende improvisaties op het album een zekere samenhang vertonen. Het uitgangspunt van de muzikant is duidelijk, het gevoel voor melodie is verfijnd en zowel de diepte als het bereik van het instrument wordt volop benut op dit fantasierijke en ronduit prachtige solo-album.” Opduvel – The Netherlands
“Otwarcie płyty, która składa się w przeważającej części z krótkich, ale świetnie skonstruowanych dramaturgicznie opowieści, zaczyna się prawdziwie epicko. Ponad 8-minutowe wejście w świat post-baroku, ciągle nawracających ciągot w kierunku open jazzu i wybuchowej wyobraźni artysty, któremu nic nie przeszkadza w kreowaniu wyjątkowego spektaklu na samotny kontrabas. Barokowy smyczek ślizga się po strunach, doposażony w efektowny pogłos, jaki daje obiekt sakralny, w którym odbywa się nagranie. Narracja pulsuje, drży, szuka intrygi, płynie ze śladami pizzicato, wydaje się nad wyraz śpiewna, dobrze też czuje się w stadium wzmożonej dynamiki. Taniec, sowie miłosne zaloty, niedźwiedzie chrząknięcia.
Kolejne, już znacznie krótsze improwizacje (czasami trwające niepełne dwie minuty), zdają się koncentrować na budowaniu dysonansowej narracji arco vs. pizzicato. Muzyk, zwinny jak kot, zmienia techniki gry w sposób niemal niezauważalny, bez trudu jest także w stanie kreować opowieść stosując obie techniki jednocześnie. W trzeciej części mamy intrygującą rywalizację – oto post-barok, który czubi się z post-jazzem, oto wojna, która wcale nie musi mieć zwycięzcy. Czwarta część zdominowana jest przez smyczek, który prowadzi narrację od samego dołu i efektownie podjeżdża do samej góry. W piątej i szóstej części pizzicato i arco bawią się w bystre gierki naszą ulubioną metodą improwizacji – call & responce. Oto rozmowa przyjaciół, którzy różnią się od siebie diametralnie, ale mają świadomość, że tylko wspólna robota tworzy piękno absolutne. Siódma część pachnie niemal rockową ekspresją, ósma stawia na mikroskopijne frazy, a narracja zdaje się stąpać po chmurach i oddychać wyjątkowo świeżym powietrzem. Z kolei dziewiąta wprowadza akcenty percussion – smyczek skacze po strunach, jak młodziak, który dostał ulubioną zabawkę po wielu dniach oczekiwania.
Na otwarciu dziesiątej części smyczek przykleja się do gryfu wyjątkowo nisko. Post-barokowa etiuda wprowadzająca nas do kolejnej części, której uroda równać się może z pieśnią otwarcia. Deep and dirty bow dancing to the end! Narracja malowana długimi pociągnięciami mokrego od gęstej farby pędzla. Ryje bruzdy w ziemi na poły melodyjne, nie stroni od dramaturgicznych zadziorów i zmysłowej repety. Smyczek rzęzi, a palce muzyka uderzają po strunach. Ostatnia improwizacja też błyska się, jak niebo w trakcie letniej burzy – struny jednocześnie szarpane i traktowana smyczkiem eksplodują. Oto muzyk, który być może ma tylko dwie ręce, ale z pewnością całą setkę palców! Prawdziwy sztukmistrz z Rotterdamu! Kończy tę opowieść, tak jak ją zaczynał – po mistrzowsku! Brawo!” Spontaneous Music Tribune – Poland
You must be logged in to post a comment.