Label favorite UK/Belgian KODIAN TRIO is celebrating its 10th anniversary. Formed during a dazzling quartet concert (featuring John Dikeman) at Cafe Oto in London, the trio has since evolved into a working band that guarantees intense free improvisation and free jazz, with a touch of punk thrown in. The trio has released three studio albums and five live albums, the latter of which clearly demonstrate that this is primarily a live band meant to be seen, heard, and felt. For this 10th anniversary, they’ve set up a beautiful evening at the King Alfred Phoenix Theatre in London.
KODIAN TRIO is Colin Webster (alto sax), Andrew Lisle (drums) and Dirk Serries (electric guitar)
Guests that evening are QUARTZ SAND (Cath Roberts and Kate Carr) and the trio of ALAN WILKINSON, STEVE NOBLE and OREN MARSHALL.
Quartz Sand is the duo of Kate Carr (electronics, objects) and Cath Roberts (electronics). Long form textural explorations: horizontal organisation of interlocking crystals, fossiliferous drift, downward movement of rock debris. The album ‘Stratigraphy’ is coming soon on Flaming Pines. https://www.gleamingsilverribbon.com/ https://cathrobots.co.uk/
Alan Wilkinson/Steve Noble/Oren Marshall. Formed relatively recently, but with musical relationships spanning decades (all three were featured in the Company projects of the great guitarist Derek Bailey in the 80s and 90s), Alan Wilkinson on saxes and clarinets, Oren Marshall on tuba, and Steve Noble on drums, are three of the most experienced and versatile improvisers currently active London.
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TODAY IS BANDCAMP FRIDAY ! A lovely day to catch upon A NEW WAVE OF JAZZ’s backcatalogue !
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The excellent KRAUTNICK webzine from Germany just reviewed our first digital release of BENEDICT TAYLOR & DIRK SERRIES. The album you can get here.
Folklore also, soso. Das kann ja jeder behaupten. Mit dem Zusatz Geometrisch passt es schon besser: An der Archtop-Gitarre, also einer gewölbten Akustischen, sitzt Dirk Serries, an der Bratsche Benedict Taylor, zusammen generieren sie live in der Oude Kloster Kapel zu Brecht in Belgien diese „Geometric Folklore“, selbstredend improvisiert, festgehalten auf ihrem neuen gemeinsamen Album. Es kratzt und klimpert – in der Tat: Folklore kann man ahnen, die Abstraktion zerlegt aber jeden durchaus vorhandenen Ansatz herkömmlicher Strukturen. Das macht dieses Album dann auch hörbar, dass das Duo nicht auf Vertrautes verzichtet, es nur anders zusammenfügt und erweitert.
Man kennt den Sound der Bratsche, man kennt den Sound der Akustikgitarre. Regulär gespielt, streicht erstere schöne Melodien und klimpert zweitere akkurate Akkorde. Das bekommt man beides hier, darauf verzichten Taylor und Serries nicht. Wenn sie richtig Bock haben, lassen sie sogar beide Zustände im selben Augenblick zu, also eine harmonische Szenerie, die an Kammermusik erinnert, an Klassik quasi. Doch der Weg dorthin und von dort wieder weg verläuft über eigenes Gelände, ausgehend davon, dass beide losgelöst vom Tempo des anderen agieren, also ihre Beiträge nebeneinanderlegen, bis hin zu komplett experimentellen oder wilden Ausbrüchen.
Ein Kratzen auf den Saiten der Bratsche gehört für Taylor selbstredend zu solchen Effekten, doch selbst diese generiert er noch angenehm hörbar, weich beinahe. Disharmonien und Atonales gestaltet er ebenso warm und behutsam, er übertreibt nicht. Nicht immer jedenfalls, er kann auch mal die höchsten Tonlagen anschrägen und in die Hundepfeifenregionen seines Instrumentes vordringen, aber das lässt er schnell wieder vergehen. Manchmal entreißt er der Bratsche sogar Töne, die man nicht mit einem Streichinstrument in Verbindung bringen würde. Pizzicato kann Taylor selbstredend auch.
Dagegen hält Serries seine Gitarre, die er alternativ eben nicht zuvorderst als Melodieinstrument einsetzt, auch nicht für Drones oder etwas, was man ansonsten eher von ihm so kennt. Er bedient sie eher rhythmisch, wenn auch frei von festgelegten Taktzahlen, oder wie ein Flamencofrickler, filigran und kunstvoll. Leichtes Akkordeklimpern kann Serries selbstredend ebenfalls, doch lässt er diese hier eher untergeordnet stattfinden. Dafür weiß er durchaus, dass das Griffbrett seiner Gitarre am Hals noch bis zu den Stimmwirbeln Saiten zum Benutzen hat.
Wie der Antwerpener Serries ist auch Taylor an Umtriebigkeit kaum zu bremsen. Der Britische Komponist ist Teil diverser Ensembles, arbeitet für Theater und Film und hat unzählbare Solo- und Projekt-Alben auf seiner Liste. Auch von Serries und Taylor gibt es bereits einige gemeinsame Alben, darunter „Puncture Cycle“, „Obsidian“ sowie die Mitschnitte „An Evening At Jazzblazzt“ und „Live Offerings 2019“, dazu Trio-Alben mit Serries‘ Gattin Martina Verhoeven und das Quasi-Bandprojekt „TONUS: Ear Duration“. Wer hier mit Genrebezeichnungen kommen will, hat etwas Pech: Kammermusik, Free Jazz, Impro, Neoklassik? Alles davon, aber nichts konkret – „Geometric Folklore“ ist eine eigene Schublade.
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António Braco of JAZZ.PT just gave this new live album of GARUDA TRIO + RODRIGO PINHEIRO a fabulous review (in Portuguese). The digital-exclusive album is available here.
“Gravado ao vivo na SMUP, em março de 2024, o terceiro álbum do Garuda Trio volta a ter o pianista Rodrigo Pinheiro como convidado (muito) especial. Metade humana e metade pássaro, simbolizando a ligação entre o céu e a terra, a união de mundos opostos, Garuda é uma figura mitológica do budismo tantra tibetano. Representada frequentemente atrás da cabeça de Buda, agindo como protetora e devorando o inimigo, a serpente (naga, em sânscrito) significa ainda o estado desperto da mente. Mas Garuda é também um trio que junta o saxofonista alto Hugo Costa, há muito radicado em Roterdão, Países Baixos, nome central em grupos como Albatre, Anticlan ou Real Mensch; o muito ativo e plurifacetado Hernâni Faustino no contrabaixo (RED Trio, Wire Quartet de Rodrigo Amado, Nau Quartet de José Lencastre, No Nation Trio, Staub Quartet, de entre uma miríade de diferentes projetos, incluindo aventuras a solo); e João Valinho (Move, Antropic Neglect, Variable Geometry Orchestra), baterista que também reparte a sua atividade tentacular por múltiplos projetos e em diferentes contextos estilísticos e configurações instrumentais. A formação-base, aqui novamente alargada para quarteto, acaba de editar o seu terceiro registo, o primeiro ao vivo, gravado na Sociedade Musical União Paredense (SMUP), em março de 2024. Com Costa, Faustino e Valinho está, mais uma vez, o pianista Rodrigo Pinheiro – que também misturou e masterizou o álbum –, após uma muito bem sucedida primeira parceria em “Tongues of Flames”, de 2024, com chancela da A New Wave of Jazz, do guitarrista, explorador sonoro e produtor Dirk Serries, outro consórcio que se renova em “Live at SMUP”, em edição exclusivamente digital. Os caminhos trilhados pelos quatro músicos cruzam-se numa rede apertada de cumplicidades (Pinheiro e Faustino no RED Trio, com João Valinho a juntar-se-lhes em vários outros projetos partilhados), embora nunca tivessem tocados todos juntos até 2024. O trio começou a ganhar forma no verão de 2021, quando Hugo Costa convidou Faustino e Valinho, aquando de uma passagem por Lisboa, para uma sessão de trabalho, ressaltando a empatia musical que logo se estabeleceu entre os três músicos. A estreia discográfica, homónima, aconteceu em 2022 pela Subcontinental Records, muito possivelmente a única editora independente indiana de música experimental. A colaboração com Pinheiro surgiu após um concerto que o juntou a Costa e Valinho na Cossoul, a 7 de julho de 2022, que revelou altos níveis de interação. No dia seguinte, tinham uma sessão marcada em estúdio em trio e não hesitaram em convocar o pianista. Se “Tongues of Flames”, o resultado, foi um álbum mais introspetivo, de traços jazzísticos mais vincados e, certamente, mais espiritual, o novo álbum, talvez por ter sido registado ao vivo, e também pelas circunstâncias da sala nesse dia em particular, é mais energético e emocional, catártico mesmo. Hugo Costa recorda com nitidez a noite do concerto: «Mesmo antes do concerto fomos informados de que estava a decorrer um ensaio da orquestra filarmónica que, infelizmente, não podia ser cancelado. Portanto, o nosso concerto ia decorrer ao mesmo tempo do ensaio da orquestra, que estava a ensaiar mesmo debaixo de nós», diz o saxofonista à jazz.pt. «Por essa razão, começamos o concerto com grande intensidade de volume e dinâmicas para igualar, ou até mesmo sobrepor, o som do ensaio da orquestra.» Em jeito de brincadeira, diz, apresentaram o concerto ao público como «Garuda trio mais Rodrigo Pinheiro mais big band.» Pinheiro tanto pode aportar (mais) intensidade, como servir de contraste e refrigério, como se o trio tivesse mesmo nascido para ser quarteto, trabalhando as dinâmicas e movimentando-se com propósito entre os dois extremos. «O Rodrigo tem uma abordagem muito física, percussiva, oferecendo uma paleta harmónica rica que amplia o espectro tímbrico do trio», sublinha Costa. «O pianista tanto adiciona urgência, tensão ou suspensão, que levam o quarteto para outros níveis de intensidade, mas também a qualidade de trazer a música para águas mais calmas.» A proposta sonora do trio continua solidamente fundada na linguagem do free jazz, plena de urgência e explosividade, da improvisação livre e da música contemporânea, sem premissas e com os músicos ávidos para explorar diferentes territórios sonoros. A música que urdem é urgente, dinâmica e de intensa propulsão, mas que não descura, a espaços, uma componente mais contemplativa e atenta ao silêncio. Não há hierarquias ou subordinações de qualquer tipo, antes uma equidade nos papéis, todos decisivos para a construção sonora. Tudo o que se escuta nesta gravação ao vivo foi completamente improvisado numa lógica de espontaneidade e comunicação em tempo real. «O modus operandi criativo», explica Hugo Costa, «baseia-se na confiança mútua, [no gosto] de correr riscos, numa escuta profunda, na experiência partilhada de linguagem musical que permite criar, no momento. formas abertas e coesas.» Assumindo a influência da Cecil Taylor Unit especificamente neste álbum, Hugo Costa prefere realçar que «o mais importante é que tudo isso se dissolve em música autêntica.» “Climbing Mountains”, a mais extensa das duas peças, com trinta minutos de duração, começa com uma improvisação coletiva, com o saxofone a introduzir células melódicas (o que, diga-se, aconteceu amiúde ao longo do concerto), acompanhado pela bateria e pelo piano em erupções rítmicas e harmónicas ancoradas no possante contrabaixo. Os músicos, alternando entre o trio e o quarteto, fervem em lume alto, em movimentos livres, mas assegurando que a formação soa como um bloco uno e sólido; a certo momento, o saxofone sai de cena e é o piano torrencial de Pinheiro – o fantasma de Taylor paira por ali – que se coloca no olho do furacão e que com a dupla rítmica desenvolvem ideias, até entrarem num padrão repetitivo. Costa reentra com multifónicos e harmónicos e prossegue o seu discurso pujante, sem perder foco ou clareza, até um clímax que se desfaz em murmúrios. Tudo se aquieta e se torna mais anguloso; convergem elementos de várias etapas da história do jazz, desafiando espaço e tempo. O trio piano-contrabaixo-bateria é exemplar no paulatino tricotar de ideias, juntando-se-lhe o saxofone, sem pressas. A atmosfera rarefaz-se, abrem-se espaços, o saxofone ganha um cunho melódico e contemplativo, o piano soa límpido, contrabaixo e bateria são exemplares no recato consequente. Na secção final, a música encorpa novamente, a tensão aumenta, até a dupla rítmica guiar a escalada final da montanha. “The Eye Of The Storm”, com pouco mais de vinte minutos, segue numa senda de certa forma mais camerística, com um diálogo entre o saxofone detalhado de Costa e o contrabaixo de Faustino, com este a recorrer ao arco para acrescentar gravitas. O piano aporta ingredientes de feição clássica e o saxofone volta a introduzir células melódicas e fragmentos insistentes – que se repetem com variações mínimas –, a música agita-se, o ritmo é fervoroso. As repetições de acordes agrupados formam mantras harmónicos em constante mutação; explosões energéticas alternam com momentos de suspensão que conduzem a narrativa coletiva com uma urgência ritual. Escutam-se clusters densos, longínquos ecos de blues. A tensão volta a acumular-se, o saxofone aumenta a parada, ziguezagueando libérrimo sobre espesso manto tecido pelos demais. No fim, tudo tende para um silêncio primordial.”
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